2.1.17

Algumas considerações sobre 2016

O ano de 2016 me deu motivos para chorar, me fez ter razões para desacreditar e me mostrou fatos para me indignar.
O ano de 2016 me motivou a sorrir, me encheu de razões para crer e lutar e demostrou em atos concretos que a indignação, assim como a ternura, também é necessária para que o ser humano possa se reconstruir na ética, no amor e na justiça.

O ano de 2016 me trouxe desafios e forjou na vida alguns instantes de incertezas, medo e desalento.
O ano de 2016 me ensinou que a arte de viver pressupõe enfrentar desafios e ter a certeza do incerto, do imprevisível e da real necessidade de superar medos.

O ano de 2016 me assustou com as disputas na política, nos governos e na economia, com as turbulências, as dispersões e as buscas de refúgios. 
O ano de 2016 me fez entender um pouco mais sobre a humanidade e saber que “tudo o que era sólido se desmancha no ar” e que os valores de sustentação de um povo, como a liberdade, a democracia, a tolerância, a solidariedade e o acolhimento sempre precisam de cuidados.

O ano de 2016 me deixou confuso sobre o que dizer deste tempo: Foi bom? Foi ruim?
O ano de 2016 me deu a lição, já conhecida, de que “há tempo para tudo” e que “o tempo não para”.

Entremos para o novo ano de 2017 e deixemos que o 2016 entre para a nossa história com nossas marcas, nossos rastros e nossos sinais e que, dia após dia, vá contando tudo sobre nós e nos revele para as gerações futuras, que irão nos julgar ao ler sobre 2016.

Reverendo Pilato Pereira - IEAB
Pároco da Ascensão.

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